Iconografia para crianças de 7 e 8 anos do Colégio Salesiano

Você já imaginou como seria abrir um livro didático e não encontrar fotografias, mapas, imagens, ilustrações, objetos, desenhos, infográficos, tirinhas, charges, memes entre outros. Pois é, os recursos iconográficos de um material são tão importantes quanto o restante de seu conteúdo. A iconografia complementa o texto, ilustra a história e permite desenvolver competências e habilidades nos estudantes.

Na Base Nacional Comum Curricular - BNCC a iconografia aparece em várias disciplinas, campos e áreas de atuação para ajudar a desenvolver nas crianças o raciocínio espaço-temporal, relacionado ao contexto histórico, tempo, lugar, visão global e diversa do mundo.

Desde uma visão imagética e semiótica pode parecer um assunto complexo e difícil, mas divertido, lúdico e criativo para as crianças de 7 e 8 anos, do 2º Ano do Ensino Fundamental I, que durante a aula de História da professora Rebeka Oliveira, estudaram “A Diversidade e a Iconografia”, proposta do livro de História da Coleção Nautas da editora Edebê.

A professora Rebeka preparou uma aula de imersão na iconografia e convidou a pesquisadora da Universidade Federal de Sergipe, Germana Gonçalves, que ministrou uma aula "inesquecível" para as crianças, com aprofundamento, explicações, e significações do mundo visual.

“A professora Germana é especialista em artes visuais, e com ela nossos estudantes aprenderam muito mais sobre o capítulo do livro: tempo, memória e arte. Elas interagiram de forma ativa e inclusive foram desafiadas a desenhar a escola do futuro”, relata a professora Rebeca.

De acordo com a professora Germana esta temática é importante e permite que as crianças ampliem seu repertório. “O estudo da iconografia, que é estudar as significações dos elementos que compõem uma imagem, atrelado a um tempo e lugar, ou seja, à história e ao contexto sociocultural da época, é extremamente importante para as crianças. Pois permite que elas criem seu repertório, e quando se deparam com determinadas visualidades consigam fazer associações e interpretações de forma crítica”, explica a pesquisadora.

Além disso, ela ressaltou que a “aula foi desafiadora”, já que foi sua primeira experiência com crianças dos anos iniciais do Ensino Fundamental. Mas, conseguiu planejar uma aula lúdica e divertida, readequar seu linguajar, e apresentar exemplos de fácil compreensão. 

Fotografia do arquivo pessoal. Germana é Doutora em Cultura e Sociedade, PÓS-CULTURA/UFBA, 2013, mestra em Desenho, Cultura e Interatividade pela UEFS/BA e bacharel em Desenho Industrial pela Universidade Federal da Paraíba/UFPB. E faz parte do Departamento de Artes Visuais da UFS.