Page 25 - Revista Salesiano
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Deus, curou, consolou, compreendeu, acolheu, ofer-
tou esperança, enxugou lágrimas, falou que todos
temos um Pai cheio de amor, que nos convida à vi-
vência da fraternidade. Esse movimento missionário
de Jesus começou às margens do mar da Galileia e
possuía um destino: Jerusalém.
Na Semana Santa, vivemos o ponto alto dessa ca-
minhada de Jesus, do seu movimento de amor. Cristo
adentra em Jerusalém para realizar o último passo
que sintetiza toda a sua existência: doar-se total-
mente ao projeto do Pai; sua vida entregue de modo
sublime gera vida em nós.
Na Quinta-feira Santa, aprendemos com Jesus a
repartir o pão e a nos colocar a serviço dos outros
(cf. Jo 13,1-20). Tomar refeição juntos é sinal de co-
munhão e partilha. Cristo se faz pão, alimento que
nos fortalece na caminhada de fé e nos congrega em
torno da mesa do amor. Ele se oferece a nós, entrega
em nossas mãos o seu Corpo e o seu Sangue para
estar sempre conosco, para habitar em nosso meio².
Depois da Ceia, o Senhor se dirige ao Horto das Oli-
veiras. Na penumbra da noite, Ele eleva ao Pai sua
prece: “Pai, se quiseres, afasta de Mim este cálice,
não se faça, contudo, a minha vontade, mas a tua”
(cf. Lc 22,42). O Filho encontra, na comunhão com o
Pai, a força para levar até o fim a sua missão. Diante
da prisão, da condenação, da dor, do sofrimento, da
humilhação, bofetões e xingamentos, permaneceu
2. Cf. FRANCISCO, Papa. Não deixeis que vos roubem a esperança. São Paulo:
Paulus, 2013. p. 4.
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