Page 66 - Revista Salesiano
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            Cordel
            Viva o Nordeste





            Ser nordestino é cultura                         Temos nós o que Deus deu

            No cuscuz e no feijão                            Homem luta e morre

            Sem esquecer a rapadura                          E depois tapado sou eu

            Repente pra o ganha pão                          Assim da história distorce




            E gargalhando na labuta                          Vai ao sul pra trabalhar duro

            No mar verde do sertão                           Aperta o coração

            Laçando garrote na mata                          Dentro pensando no futuro


            De cavalo de gibão
                                                             Lembra da amada do sertão



            Nordeste fala arretado

            Sem saber quem vai nem vem                       Quando volta deseja ficar

            Sobra briga pra todo lado                        Vê na seca beleza

            Na verdade no fim sobra bem                      De início vai logo a mãe beijar
                                                             E dela não despreza


            Como matuto já falava

            Não parte nem fica                               Ser nordestino é falar oxe

            Assim o fim justificava                          Quente como agreste

            Não dá e nem estica                              É brincar, mangar e dizer vixe

                                                             Afinal, é ser um cabra da peste








            José Filipe Vitor Lima, 2ª série A EM
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